Quando eu decidi ler os livros da série Os Bridgerton, escritos por Julia Quinn, decidi começar por “Um Perfeito Cavalheiro” (o 3° livro) por dois motivos: 

  1. primeiro porque não tinha muito dinheiro para comprar toda a coleção;
  2. e em segundo lugar, porque já havia assistido as duas temporadas da série na Netflix.

Por mais diferente que possa ser a adaptação literária, já nos deu uma boa introdução do que aconteceu com os primeiros irmãos da família Bridgerton. Então eu decidi começar pelo terceiro livro – ahh, e também porque achei que a 3° temporada da série seria sobre eles.

Quando divulgaram que a 3° temporada de Bridgerton seria sobre Colin e Penelope Featherington, fiquei um pouco decepcionada, confesso. E chateada por ter comprado o livro a toa. 

De toda forma, em uma semana de muita insônia, eu resolvi começar a leitura de “Um Perfeito Cavalheiro” – mesmo tendo comprado na semana anterior “Os Segredos de Colin Bridgerton“.

Assista à resenha de “Um Perfeito Cavalheiro”

Resenha Um Perfeito Cavalheiro, Julia Quinn

Sinopse de “Um Perfeito Cavalheiro”

“Como segundo filho, Benedict Bridgerton não tem as obrigações de um primogênito. Se por um lado isso lhe dá liberdade para se dedicar aos seus interesses, por outro ele muitas vezes se sente “apenas mais um Bridgerton”, em meio a uma família tão numerosa.

Tudo muda durante um baile de máscaras, quando ele conhece uma dama misteriosa que o faz sentir-se o homem mais especial da face da Terra. Mas ela desaparece sem deixar vestígios, e Benedict fica especulando sobre seu paradeiro por mais de dois anos.

Repleto de dilemas éticos e atos de bravura de diversos membros da família, Um perfeito cavalheiro é uma história sobre resiliência, coragem e o poder do amor.”

Salve o livro em sua estante do Skoob

Quando fui comprar “Um Perfeito Cavalheiro“, achei que estava caro demais na livraria (algo em torno de R$ 50, na Leitura). Então resolvi comprar na internet. Essa edição de capa dura saiu por apenas R$ 24,99 na Amazon. No entanto, a edição é bem menor do que os livros comuns, mas ainda assim é incrivelmente linda.

Enfim, eis que comecei a ler o livro e de cara gostei da Maria Sophie Beckett, uma jovem bastarda, filha do Conde Penwood que só queria ser reconhecida e amada. No entanto, acaba enfrentando um destino cruel nas garras maliciosas de sua madrasta e precisa começar a se virar sozinha (como se já não tivesse feito isso até ali).

Em contrapartida, Benedict Bridgerton, o irmão “número dois”, como é apresentado na coluna de Lady Whistledown, continua entediado e chateado por não ser conhecido por quem és, mas sim, mas como o segundo irmão mais velho da família Bridgerton. Ele sente que não tem identidade e esconde de seus próprios irmãos, seus segredos mais íntimos.

Em um determinado momento, o destino de ambos se cruza, bem ao estilo conto de fadas e eles sabem que a partir daquele momento, a vida deles mudaria para sempre.

No entanto, o que parecia ser a solução dos problemas de Benedict – que até conhecer a Dama de Prateado, não tinha intenções de se casar com qualquer moça solteira da alta sociedade Londrina – teve todas as suas certezas jogadas por terra, quando ela foi embora, tão rápido quanto apareceu.

Após passar meses procurando por sua dama, Benedict acreditava já estar ficando louco, até que desistiu e inevitavelmente voltou a usar o título de devasso.

Enquanto isso, Sophie fugiu da casa onde cresceu, por não poder lidar mais com as maldades de Araminta, sua madrasta. E teve que encontrar empregos de arrumadeira em outras casas bem longe de Londres para conseguir sobreviver.

Alguns anos depois, quando ambos já estão desenganados do amor, acabam se reencontrando. Contudo, para a surpresa e decepção de Sophie, Benedict não a reconhece. Também, ela não está mais bem vestida como antes, com o cabelo penteado, a pele corada ou uns quilinhos a mais. Muito pelo contrário, a vida de arrumadeira lhe dera uma aparência miserável e sem toda a indumentária do baile de máscaras, ficou impossível que Benedict a reconhecesse.

Mesmo assim, eles continuaram juntos por um tempo (um salvando a vida do outro) até perceberem que estavam irrevogavelmente apaixonados.

A história é boa, mas…

Inegavelmente, Julia Quinn tem um jeito encantador e envolvente de escrever. Contudo, por ser um romance de época, acaba pesando a mão nas atitudes reprováveis dos personagens.

Um dos motivos pelos quais eu não gosto muito de romances de época, é devido ao fato de que a receita é quase sempre a mesma: um cavalheiro sensual, distribuindo coices como um cavalo durante boa parte do livro e uma mocinha indefesa e submissa, que precisa ser salva e conduzida para um caminho de luxúria (esse é o mesmo motivo que não gosto muito de romances hot).

E apesar dessa “receita de bolo” se repetir, em “Um Perfeito Cavalheiro”, eu confesso ter gostado de Maria Sophia Beckett. Sua simplicidade e empatia são encantadoras, embora sua falta de atitude (para se defender, dizer a verdade, se indignar) seja completamente maçante.

Por outro lado, Benedict Bridgerton foi uma grande decepção.

Uma usuária no twitter disse que eles suavizaram muito o Benedict na série e, de fato. No livro ele é um grande cretino.

Portanto, se você assistiu as duas primeiras temporadas de Bridgerton e idealizou um Benedict fofo, companheiro, justo e leal. Sinto lhe dizer, que assim como eu, você vai se frustrar. Se eu soubesse disso, não teria de jeito nenhum começado por esse livro. Ou me iludido com o personagem. Que tem uma postura bem egoísta perante os acontecimentos.

LEITA TAMBÉM: ‘O Visconde que me Amava’, principais diferenças entre o livro e a 2° temporada de Bridgerton.

As partes em que ele é grosseiro com Sophie são realmente intragáveis e difíceis de ler, tanto que quase me deram vontade de largar a leitura. Entretanto, mesmo com essa grande falha o enredo geral é até bom.

Agora me conta aqui nos comentários qual é o seu livro/irmã favorito da série e o que achou da leitura/resenha de ‘Um Perfeito Cavalheiro‘.

Criadora de conteúdo, mãe, carioca da gema. Viajante e realizadora de sonhos.

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