Ler o primeiro livro da trilogia Millennium, Os Homens Que Não Amavam as Mulheres me fez querer rever o filme de 2012, estrelado por Daniel Craig e Rooney Maara e dirigido pelo aclamado David Fincher.

Já havia esquecido boa parte do que acontecia no filme, por ter assistido logo quando foi lançado e foi muito bom ter essa experiência com as páginas do livro ainda frescas em minha memória.

Como eu já falei bastante sobre a narrativa na resenha de Os Homens Que Não Amavam as Mulheres, hoje vou me ater há alguns detalhes que me escaparam enquanto escrevia a resenha e os pontos altos do filme.

Mas para ajudar quem está chegando por aqui agora, vamos recapitular rapidamente a história do filme, originalmente intitulado como The Girl With The Dragon Tattoo:

Sinopse Millennium: Os Homens que Não Amavam as Mulheres

Millennium: Os Homens que Não Amavam as Mulheres conta a história do jornalista financeiro Mikael Blomkvist que após ser condenado por difamação por publicar uma matéria inverídica sobre um grande empresário, pega um trem rumo a uma pequena cidade chamada Hedestad.

Mikael é convidado por Henrik Vanger a ficar um ano na cidade, enquanto escreve uma crônica da família e investiga (sigilosamente) o assassinato da sobrinha de Vanger, Harriet.

Ela desapareceu da propriedade da família em 1966 e há 40 anos é procurada por seu tio. Que acredita que ela esteja morta e que o assassino de sua sobrinha esteja tentando enlouquecê-lo, já que todo ano ele recebe exatamente o mesmo presente que sua sobrinha costumava de lhe dar em seus aniversários.

Em outra ponta, acompanhamos também a história de Lisbeth Salander, uma mulher de 23 anos que mais parece uma menina de 12, de tão magra. Que possui uma personalidade difícil de decifrar.

Lisbeth é a hacker que fez uma pesquisa para Dirch Frode – advogado de Henrik Vanger – para saber se eles podiam confiar em Mikael.

Ao fazer essa pesquisa, ela começa a se interessar pelo jornalista e fica muito surpresa quando ele bate em sua porta pedindo ajuda para desvendar um assassinato

A versão americana desse filme foi recebida com muitas ressalvas já que uma versão sueca havia sido lançada há pouco tempo e normalmente refilmagens não são bem vistas pelo público em geral.

Ainda não assisti a versão sueca, mas pretendo. Para poder comparar as duas versões com o livro, inclusive – que eu já li na internet que seguem linhas diferentes.

Entretanto, a versão apresentada por David Fincher muito me agradou, principalmente por ter respeitado boa parte da narrativa do livro.

Apesar de deixar de fora alguns detalhes importantes, como o romance de Mikael com Cecília. Ou a forma como o notebook de Lisbeth quebrou. Não foram trocas que fizeram muita falta.

A escolha das atrizes não me agradou muito porque todas pareciam uma mesma versão. Em minha cabeça, ao ler Millennium, a atriz que deveria interpretar Erika Berger era Lisa Edelstein,  a icônica Dra. Cuddy de House.

Aliás, Erika não é minha personagem favorita – a acho bem chatinha, tanto no livro, quanto no filme. Ela tem muito mais presença no livro, mas ainda assim não me agrada.

Os dois atores principais, Craig e Mara, se encaixaram perfeitamente na descrição dos personagens no livro, mas todos os outros eu imaginava diferente. O próprio Henrik Vanger eu imaginava como o inesquecível Ian McKellen, que interpretou lindamente o Magneto em X-Men.

lisbeth por rooney mara em millennium os homens que nao amavam as mulheres

Desilusões com o elenco à parte, o filme me agradou muito por não ter se diferenciado muito do livro. E principalmente por resumir de forma muito sucinta as 522 páginas de Os Homens que Não Amavam as Mulheres.

Um dos ônus de ler o livro e assistir ao filme logo depois, é esperar que as histórias se cruzem em uma linha do tempo similar. Ficamos naquela expectativa de “será que esse evento acontecerá como no livro?” e eu entendo que nem sempre é possível reproduzir à perfeição. Mas a versão americana de Millennium: Os Homens que Não Amavam as Mulheres tenta seguir à risca – pelo menos os eventos principais.

Em diversos momentos eu percebi que algumas das falas eram exatamente idênticas às falas do livro. Que torna o filme uma obra prima com uma adaptação quase perfeita.

Mas ainda assim senti falta da relação mais próxima que Lisbeth acaba desenvolvendo com Mikael.

Alerta de Gatilho!

Inclusive, o filme reproduz também uma das cenas mais pesadas do livro: o estupro e a vingança de Lisbeth – que trazem aflição demasiada, tanto quanto ler a descrição da cena.

Depois de uma mudança brusca no final – que vão desde a morte de Martin a descoberta do paradeiro de Harriet – voltamos a seguir o roteiro original inspirado no livro com uma Lisbeth promovendo uma vingança pessoal contra Wennerstrom, percebendo sua súbita afeição por Mikael. E tendo logo em seguida seu coração partido pelo amado que seria eternamente amante de sua colega de trabalho.

Eu não gosto muito do final – nem do livro, nem do filme. Acho que o Martin deveria ter ficado vivo.

Não gosto de como Henrik enganou Mikael, em ambas as produções. Muito menos do desfecho da Harriet – que é muito mais interessante no livro.

Também não gosto do fato do Mikael se considerar apenas amigo de Lisbeth. Gostaria de continuar apreciando o romance disfuncional dos dois.

Estou ansiosa para ler a continuação do livro A Menina que Brincava com o Fogo e a versão sueca de Millennium: Os Homens que não amavam as mulheres.

Agora me conta aqui nos comentários, você já assistiu aos filmes? Leu os livros? O que achou da história dessa incrível dupla?

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Criadora de conteúdo, mãe, carioca da gema. Viajante e realizadora de sonhos.

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