Se a 1° temporada de “Bom dia, Verônica” nos deixa assustado com a violência doméstica e intrigados com práticas religiosas de ocultismo, a 2° temporada vai nos deixar enojados. Isso por que além da violência já conhecida na obra, um outro tema polêmico entra em questão: líderes religiosos explorando a fé de pessoas inocentes para abusar delas.
E eu preciso dizer que “Bom dia, Verônica” não foi uma série fácil de ser assistida. Muito por que os abusos apresentados na série, ainda que de forma implícita são tão angustiantes que nos deixam desconfortáveis. Principalmente pelo fato de o líder religioso em questão, Matias Carneiro, nos lembrar muito um outro religioso da vida real, João de Deus – que abusou de milhares de mulheres durante os anos em que praticava a religião.
Assista a crítica em vídeo da 2° temporada de “Bom dia, Verônica”
Além disso, saber que a atriz Klara Castanho, que interpreta a Angela na série, filha do Matias Carneiro, sofreu abuso na vida real, torna tudo ainda mais traumatizante. Não conseguia parar de pensar um minuto sequer como ela estava sendo incrível, dando voz à diversas mulheres (inclusive ela), que sofrem diariamente com abusos dentro da própria casa.
Sobre as atuações, não temos muito a dizer. Todo o elenco se sai muito bem nos papéis que são designados, com um ponto extra para Reinaldo Gianechinni, que nos faz sentir ranço de seu personagem.
Tainá Muller continua vibrante no papel de Verônica, mostrando uma grande evolução da primeira para a segunda temporada.
Se na primeira temporada de “Bom Dia, Verônica”, tínhamos uma escrivã totalmente inexperiente e uma mãe dedicada. Agora, temos uma mulher obcecada em revelar a verdade de um dos maiores esquemas corruptos do país.
E a segunda temporada de “Bom Dia, Verônica”, deixa um grande gancho para uma terceira temporada que promete ser ainda mais eletrizante!
Inspirado no livro homônimo
Bom dia, Verônica é uma série da Netflix, a 2° temporada possui apenas 6 episódios e foi inspirada no livro homônimo publicado pela DarkSide Book e escrito por Ilana Casoy e Raphael Montes sob o pseudônimo Andrea Killmore.